segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mestre Azulão


Mestre Azulão


Mestre Azulão, José João dos Santos, nasceu em Sapé, na Paraíba no ano de 1932, em 08 de janeiro. Ganhou esse apelido na sua infância, em comparação a um grande cantador de sua região, o Azulão.
Ele foi cantador, repentista, cordelista, violeiro e mestre. Ele já produziu mais de 300 cordéis e 500 poemas. Estreou no programa Almirante na rádio Tupi. Foi até ao Estados Unidos e na Europa para cantar seus cordéis. E acabou saindo até no New York Times(um famoso jornal dos Estados Unidos).
Foi também convidado para apresentações em universidades brasileiras.
Morador do Rio de Janeiro, desde os 17 anos, foi um dos principais fundadores da
Feira de São Cristóvão, ou feira dos pau-de-arara, com participação nos bons e maus momentos,
onde sofreu repressão, quando seus singelos versos na década de 60, contestava a censura imposta pelos governantes. É nessa feira que ele possui uma barraca, onde vende seus cordéis,
declamando para quem se aproximar.
A mensagem de seus versos e rimas, como ele mesmo diz "é puramente nordestina. Dentro do padrão nordestino, das rimas, das métricas, principalmente de filosofia sertaneja, dos costumes, todos esses fatores inseridos no geral"

Fragmentos de "A feira nordestina, foi assim que começou"

Quem quiser saber da feira
Venha pra perto me ouvir
Que vou contear em detalhes
Sem aumentar nem mentir
Mas num falar positivo
Vou explicar o motivo
De nossa feira existir

No ano quarenta e nove
Vim pro Rio pela primeira vez
Fui visitar São Cristovão
Então po esta maneira
Depois eu pude entender
O começo desta feira

Eu vim com meu primo João
Pagar a passagem dele
Que veio sem um tostão
- Vá la pegar sua mala
Que esta no meu caminhão

Eram dez horas do dia
Eu vi um moreno forte
Cercado de nordestinos
Vindos no mesmo transporte
Com uma lona no chão
Vendendo fava e feijão
Gritava:-Chegou do norte!

Tinha até fumo de rolo
Rede, rapadura e queijo
Dizendo:-Aqui conterrâneo
Este é puro e sertanejo
Eu garanto a qualidade
Você come e tem saudade
Mata a fome e o desejo

Algúm já lhe conhecia
Dizia:-Eu quero seu João
Comprava e lhe perguntava:
- Tem chinelo e cinturão
Seu João dizia: - Não tem
Mas na semana vem
No primeiro caminhão


Eu observei um pouco
Auele povo comprar
Uns chegando do nordeste
Outros que iam voltar
Tudo feliz e contente
Numa árvore bem em frente
a Senadaor Alencar

Uns criticavam do outros
Com risadas e brincadeiras~
João Gordo vendendo as coisas
Numa lona e uma esteira
Outro vendilho chegou
Foi assim que começou
O início da feira (...)

Bibliografuras
http://lercordel.worpress.com/2009/06/30/tai-mestre-azulao/
http://sentimentos-sam.blogspot.com/20/07/06/mestre-azulao.html
http://anovademocracia.com.br/no-28/520-um-autentico-poeta-do-sertao

Feito por:
Henrique S. Ueda número 20 7g

Nenhum comentário:

Postar um comentário