Mestre Azulão Mestre Azulão, José João dos Santos, nasceu em Sapé, na Paraíba no ano de 1932, em 08 de janeiro. Ganhou esse apelido na sua infância, em comparação a um grande cantador de sua região, o Azulão.
Ele foi cantador, repentista, cordelista, violeiro e mestre. Ele já produziu mais de 300 cordéis e 500 poemas. Estreou no programa Almirante na rádio Tupi. Foi até ao Estados Unidos e na Europa para cantar seus cordéis. E acabou saindo até no New York Times(um famoso jornal dos Estados Unidos).
Foi também convidado para apresentações em universidades brasileiras.
Morador do Rio de Janeiro, desde os 17 anos, foi um dos principais fundadores da
Feira de São Cristóvão, ou feira dos pau-de-arara, com participação nos bons e maus momentos,
onde sofreu repressão, quando seus singelos versos na década de 60, contestava a censura imposta pelos governantes. É nessa feira que ele possui uma barraca, onde vende seus cordéis,
declamando para quem se aproximar.
A mensagem de seus versos e rimas, como ele mesmo diz "é puramente nordestina. Dentro do padrão nordestino, das rimas, das métricas, principalmente de filosofia sertaneja, dos costumes, todos esses fatores inseridos no geral"
Fragmentos de "A feira nordestina, foi assim que começou"Quem quiser saber da feiraVenha pra perto me ouvirQue vou contear em detalhesSem aumentar nem mentirMas num falar positivoVou explicar o motivoDe nossa feira existirNo ano quarenta e nove Vim pro Rio pela primeira vezFui visitar São CristovãoEntão po esta maneira Depois eu pude entenderO começo desta feiraEu vim com meu primo João Pagar a passagem deleQue veio sem um tostão- Vá la pegar sua malaQue esta no meu caminhãoEram dez horas do diaEu vi um moreno forteCercado de nordestinosVindos no mesmo transporte Com uma lona no chão Vendendo fava e feijãoGritava:-Chegou do norte!Tinha até fumo de roloRede, rapadura e queijoDizendo:-Aqui conterrâneoEste é puro e sertanejoEu garanto a qualidadeVocê come e tem saudadeMata a fome e o desejo Algúm já lhe conhecia Dizia:-Eu quero seu JoãoComprava e lhe perguntava:- Tem chinelo e cinturãoSeu João dizia: - Não temMas na semana vem
No primeiro caminhãoEu observei um poucoAuele povo comprarUns chegando do nordesteOutros que iam voltarTudo feliz e contenteNuma árvore bem em frentea Senadaor AlencarUns criticavam do outrosCom risadas e brincadeiras~João Gordo vendendo as coisasNuma lona e uma esteiraOutro vendilho chegouFoi assim que começouO início da feira (...)Bibliografuras
http://lercordel.worpress.com/2009/06/30/tai-mestre-azulao/http://sentimentos-sam.blogspot.com/20/07/06/mestre-azulao.htmlhttp://anovademocracia.com.br/no-28/520-um-autentico-poeta-do-sertaoFeito por:
Henrique S. Ueda número 20 7g